domingo, 23 de agosto de 2009

Reunião Fevereiro de 2009

Primeiro encontro do GENPEX - Mantendo a Caminhada
Dia 07 de fevereiro de 2009
Local: Faculdade de Educação
Horário: 15h às 17h30

Iniciamos o encontro com encaminhamentos e informes:

1- Primeiro encaminhamento foi contactar Airan para devolver a chave da sala do Genpex. (Suzana ficou responsável)

2- Julieta informa que infelizmente não fomos aprovado no Edital da FINATEC de fomento à publicação. Em 2008, encaminhamos à FINATEC o Documento Base do GENPEX para recebermos financiamento para publicação. Agora, janeiro de 2009, recebemos uma carta informando que não fomos aprovados, o Edital não diz as razões da não aprovação e não dá direito a recurso. Após esse informe, Renato solicitou que encaminhássemos o documento para publicação no site do Fórum EJA DF e Nacional.

3- Dando sequência a esse informe, discutimos o item 17 da pauta “organizar um acervo no GENPEX com monografias, dissertações de mestrado, tese de doutorado, entre outros livros e fazer controle de empréstimos”. O Documento Base do GENPEX traz a relação da produção do grupo, entretanto não temos acesso a esse material impresso ou digital. O trabalho agora é levantar isso e disponibilizá-lo em páginas, na sala do GENPEX etc. A coordenação desse trabalho ficou com Julieta. A data prevista para conclusão é em setembro.

4- Nirce informou que a defesa de sua dissertação será no dia 19/02, quinta-feira, às 8h, sala da direção da FE. Renato enfatizou que os sujeitos da pesquisa devem ser os principais convidados. Fez ainda uma reflexão desse convite como a primeira, ou a única, oportunidade do excluído chegar ao espaço da Universidade Pública.

5- Leila informou que está acontecendo o Encontro de Orientação do CEDEP de 05/02 a 13/02. Todos estão convidados. Outro informe é que o CEDEP está participando do projeto: memória compartilhada: o processo de emancipação política do DF (CEDEP – CEPRAF). Para finalizar lembrou que o MEC propôs a construção de uma Agenda Territoria do DF para a Educação de Jovens e Adultos. Essa agenda está sendo construída com a participação dos seguintes segmentos: UNB, Fórum, governo, Contag. O grupo vai instalar uma comissão técnica (analisar números) e uma comissão estadual ( de trabalho). Houve reunião dos segmentos pertencentes à Agenda Territorial dia 04, mas o Secretário de Educação não compareceu, só Rosângela, uma técnica. Vão forçar uma audiência com o Secretário de Educação;

6- Renato relembrou e relatou todas as dificuldades enfrentadas nesses últimos dois meses. Hoje faz 43 dias que Renato saiu de Brasília. A sua sobrinha que faleceu fazia carreira universitária. Fecharia seu mestrado em 2008. Sua morte, por acidente de trânsito, repercutiu muito na família. Mãe do Renato teve uma isquemia, avc, no dia do Natal, após o almoço. A sobrinha dormia com a mãe do Renato há mais de 10 anos. Mãe já está com 88 anos. Ficou com a língua enrolada, mas já começa a falar. Está com dificuldade de andar. Renato agradece os emails e as orações;

7- Para garantirmos o espaço das nossas reuniões durante o ano de 2009, já encaminhamos as datas dos encontros do ano inteiro: 07/03, 04/04, 09/05, 06/06, 04/07, 01/08, 12/09, 03/10, 07/11 e 5/12. Todos devem anotar na agenda essas datas para não sobrepor outras atividades.

Após os informes e como tínhamos uma pessoa nova no grupo, fizemos a apresentação de cada um e fomos entrelaçando a discussão.

Nirce, iniciou relatando sua história e as dificuldades de saúde que o pai está passando em SP. Pediu as orações do grupo.

Gema Galgani, nome italiano, mas ela não é nem fala italiano, nome é em função da religiosidade dos pais. Conhecida como Gal. É professora da SEE DF, teve que sair do noturno, que está sendo reduzido. Sua escola foi fechada e ela foi para o diurno trabalhar com Educação Especial. Pretende fazer mestrado, um paralelo entre EJA e Educação Inclusiva. Está fazendo um curso aos sábados e domingos e não sabe se poderá estar em todas as reuniões do genpex;

Marli, terminou o mestrado em Educação de Jovens e Adultos em março de 2008. O ano passado casou-se e mudou para expansão do setor “O”. Isso dificultou ainda mais sua participação no Mantendo a Caminhada. No curso de Pedagogia na faculdade onde trabalha foi convidada para trabalhar com disciplina relacionada a EJA. Pretende fazer doutorado;

Julieta, está no grupo desde 2001. Sentiu saudades do grupo nas férias. Durante a graduação, participou de pibic (Iniciação a Pesquisa Científica). 4 anos no Paranoá, onde aprendeu muita coisa. Agora Trabalha no MEC com Proeja. Conseguiu junto com sua equipe garantir bolsa de 100 reais para os jovens e adultos estudarem, e com isso enfrenta críticas de assistencialismo;

Renato Hilário resgata o sentido do grupo Genpex - Mantendo a Caminhada. Pessoas tem vários momentos na vida. Enquanto se está na graduação, vai-se ao Paranoá e outros movimentos sociais, mas depois que gradua, cai na burocracia da sociedade consumista. O grupo nasce da angústia percebida nas pessoas engajadas que quando saíram da UnB não conseguiam realizar seus propósitos. O sonho de realizar um trabalho diferenciado enfraquece, ouvindo sempre dos outros aquele discurso desanimado: “você é uma pessoa nova, eu também era assim, mas não tem jeito não...”. Enfrenta-se o confronto com a direção da escola, que a quer estabilizada e o sindicato... só apoia em questões trabalhistas. O grupo é um espaço para socializar as angústias. É importante os telefones e endereços estarem atualizados e ao alcance de todos. Somos um grupo de resistência e de superação dos obstáculos;

Suzana, Graduou-se na UnB e está fazendo mestrado na UnB. Falou da sua saída da Escola Classe 10 do Gama. Diminuíram o número de turmas na escola e ela estava sobrando. Trabalhou para eleição dos novos diretores da escola classe 10 e não conseguindo continuar na escola, ficou triste. Mas surpreendeu-se sendo lotada agora na Escola Classe 19 do Gama, uma escola grande onde foi muito bem recebida pela equipe. Está feliz e agora ajuda a realizar o intercâmbio entre as duas escolas;

Guilherme Rios, Participa do Projeto Paranoá desde 1992, pelo departamento de Linguística da UnB. Relata que já participou de movimentos da Igreja na linha da Teologia da Libertação, espiritualidade engajada. Sempre quis trabalhar com Educação.
O grupo para ele é uma necessidade, se não existisse, tinha que ser criado por alguém. Fez seu Doutorado em Lancaster na Inglaterra, com bolsa da CAPES. Após o doutorado, teve dificuldade de ser lido, de se colocar, incluisve nas bibliotecas. Sua tese está em inglês, isso restringe leitores. Recebeu email de uma editora da Alemanha interessada em publicar a tese;

Sttela, está no 8º semestre passou no concurso da Secretaria de Educação do DF e está aguardando ser chamada. Diz também da importância do grupo na sua vida.

Ângela, estamos produzindo uma coisa muito interessante aqui, cada um está trazendo uma questão pessoal muito relevante. Não gosta de reuniões no sábado a tarde. Começou a participar por ser mulher do Renato. Depois de 45 dias longe um do outro, chegando ele hoje de viagem, achava que não teria reunião, mas teve. Acha que este grupo é muito mais que um grupo de resistência e superação, pois onde é que na universidade a subjetividade entra, faz parte? Só aqui! Acontece nesse grupo mais coisa do que a gente imagina. Não vai continuar na Instituição em que trabalhou durante 18 anos. Está trazendo seu desalento aqui para o grupo. Faz reflexão: “será que um projeto que é do marido é dela também?” Cada reunião vai amadurecendo. Não tem contato frequente com email, mas se isso é tão importante para as pessoas, sugere a criação de um projeto de correspondência, onde cada um partilhe com o grupo o que está vivendo. Mandemos email, cotidianamente, uns para os outros do grupo, falando da política, da música etc... E que em julho tenhamos uma vivência de 2 dias com toda essa produção de correspondência. Está se despedindo da Educação. Vai trabalhar com bordado para sobreviver;


Leila, é orientanda do Renato. Sofreu uma queda na escola, está de licença médica. Também relata que sua mãe teve um AVC isquêmico e isso foi muito doloroso. Relata que foi convidada para estar na regional do Paranoá- coordenação intermediária de EJA. Entende que essa oportunidade pode ser importante na luta pela abertura de novas turmas de EJA no Paranoá. Informa ainda que o CEDEP está implantando novos projetos, em parceria com outras instituições, um deles é o Projeto Proteja no Paranoá- Itapuã as responsáveis são Juliana e Marcela que também já fizeram parte do GENPEX.


Carol, Ana Carolina, começou Pedagogia ao mesmo tempo em que Direito. Foi desligada da Pedagogia mas continua no Direito e vai se formar logo. Conhece o GENPEX desde 2006, mas somente começou a atuar no segundo semestre de 2008.Participa mais nas atividades com adolescentes em conflito com a Lei. Pensa na importância dos registros das produções, pois produzir somente não basta, precisamos ver e rever, socializa-las. Acha muito legal essa coisa de email;


Karém conhece o GENPEX desde 2005, mas também começou a se engajar mais no primeiro semestre de 2008. Adora trabalhar em grupo e considera o GENPEX muito importante para sua vida. Estava em casa se sentindo meio jururu e resolveu tomar um banho e vir ao encontro. Estava com saudades das pessoas;

O encaminhamento final foi que todos leriam a ata, já com os acréscimos feitos na reunião, e já adiantaríamos conversas e e-mails sobre os assuntos elencados, ao longo do mês de fevereiro. Na reunião de março já teríamos avançado em alguns pontos.

Fizemos uma grande roda e oramos pelo Pai da Nirce. Foi um momento muito bonito.

Abraço, oração, sabor, canto, choro e aconhego na tarde de sábado 07/02/09.

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