sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Relato do Mantendo a Caminhada de novembro – 14/11/09 -
Presentes: Clarisse, Suzana, Renato, Guilherme e Julieta.

Informes e discussões realizadas
- Conae distrital
 Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica de 23 a 27/11. Participação do PROEJA Transiarte e Secretaria de Educação do GDF.

Clarisse divulga o Endipe – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino – Inscrições abertas até 21 de dezembro de 2009 (evento considerado Qualis A). Este encontro acontecerá em abril de 2010. Clarisse e Renato estão se articulando para inscrição de um texto. Renato sugere participação de Julieta na mesa sobre Educação de Jovens e Adultos apresentando o trabalho da Inserção Contributiva realizada no Proeja e Projeto Paranoá.

Renato ressalta a importância da socialização do conhecimento produzido. Lembra que nas novas orientações de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC isso já é um item do trabalho. Atualmente, está com nove orientações de TCC e todos orientandos estão cientes da necessidade de socialização do conhecimento. A orientação atual para a construção do TCC segue a seguinte sequência:
 Memorial
 Monografia
2.0 – Introdução
2.1 – Justificativa
2.2 – Objetivo Geral
2.3 – Objetivo Específico
2.4 – Procedimentos Metodológicos
2.5 – Resultados
2.6 – Considerações Finais
2.7 – Anexos
2.8 – Apêndices
2.9 – Referências Bibliográficas
 Projeto de vida profissional
 Socialização do Conhecimento (Produzir Artigos)
 Virtualizar TCC (gravar em CD room).

Nesta discussão também é colocado que o movimento popular, culturalmente, não tem a lógica de produzir conhecimento. Caímos em um ativismo ou em um teoricismo. O desafio é nem só ficar na reflexão e nem só ficar no ativismo. Paulo Freire foi lembrado como um pesquisador que conseguiu desenvolver uma linha argumentativa na perspectiva transformadora da sociedade.

Renato relata que dentre as várias ações que desenvolve (Aulas, Projeto Paranoá, Orientações, Especialização etc) tem exercitado a capacidade de criar espaços para fazer um texto, uma publicação. Resultado desse esforço é a publicação conjunta com Guilherme Rios que já está em andamento. Depois de vários encontros e discussões estão fechando um texto para envio a uma revista. Esse artigo é sobre a linguagem e o desenvolvimento humano. Começa com uma discussão do texto papel do trabalho na transformação do macaco em homem, passando por Vygotsky, sociogenese da linguagem, a discursividade da linguagem, seu modo de ação na sociedade, relação dialética entre discurso e pratica social, classes, luta capital e trabalho, finalizando com educação de jovens e adultos no Paranoá. Guilherme e Renato relataram todo o trabalho de construção deste texto dialogando com Engels, Marx, Vygotsky, Bakitin e o Projeto Paranoá.

A partir do relato desta produção foram surgindo as discussões:

 O Mobral em seus documentos diz que usava metodo Paulo Freire. Isso mostra que não é o uso da palavra geradora que faz ser uma educação transformadora.

 A educação é fenômeno superestrutural. Ela, junto com outras instituições, pode contribuir para uma transformação.

 Só existo à medida que estou pensando e intervindo simultaneamente na realidade.

 Trabalho é produção social da vida,por isso ele é mais importante que o capital.

 A busca da superação das necessidades de existência e sobrevivência fazem o ser humano avançar. Vygotsky e Bakhtin são herdeiros desta perspectiva.

 Filogenese e ontogenese (gênese da espécie animal e da especie humana, respectivamente).

 O sujeito é constituído e constitui a relação social.

 É um equívoco atribuir somente à escola a responsabilidade de construir todo o letramento social do individuo.

 A Escola deve estar ligada com outros setores da sociedade, realizando com estes uma dialogia dialética.

 O problema cotidiano do alfabetizando passa a ser o eixo de apropriação do conhecimento.

 Os governos populares incorporaram pessoas dos movimentos populares aos quadros institucionais e essas pessoas acabam se desligando de suas bases, o que é, inteiramente, não recomendável. É fundamental que a pessoa ao exercer um cargo e uma função não perca a relação com sua base de atuação.

 Normalmente temos acesso a um Vygotsky assepssiado (restrito à leitura do livro a Formação Social da Mente). Sua contribuição vai muito além da zona de desenvolvimento proximal.

 Há dificuldades as vezes em compreender o pensamento de Vygotsky e Bakhtin porque muitos livros são apanhados de seus escritos em momentos e objetivos diferentes.


Guilherme relata seu esforço na criação de um Grupo de Pesquisa no Inep com três eixos de pesquisa: letramento social; letramento escolar; e avaliação educacional. Um esforço importante para oxigenar a práxis educativa do Inep.

Renato informa que chegou em Brasília Nilma Lacerda, que escreveu Manual de Tapeçaria. Um livro indicado por Renato e que trabalha a questão da formação dos professores. A Família Dumont foi responsável pela ilustração da capa deste livro.

Outra discussão importante foi a de ressaltar a importância da participação do educando e educanda nos encontros de educação de jovens e adultos como Confitea, Eneja e outros. O sujeito jovem e adulto tem o direito de falar nesses espaços. O silêncio tem um significado. Se estiver conversando com alguém que não me responde, ou ela não está entendendo, ou não está interessada ou está concordando.

Dentre os pontos de pauta para a próxima reunião fechamos:
Publicação em revistas
Participação na Anped Nacional
Participação na Anped Centro Oeste

Finalizamos com o nosso abraço coletivo.

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